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O tráfego postal diminuiu 3,2% no 3.º trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 133 milhões de objetos. A dinâmica recente tem sido influenciada pelos efeitos da pandemia de COVID-19, que gerou uma significativa contração do tráfego. Neste trimestre, estima-se que a pandemia tenha provocado uma diminuição de -7,5% do tráfego, impacto menos severo do que o ocorrido no 3.º trimestre de 2021 (no qual se estimava uma diminuição de tráfego de 8,9% por efeito da COVID-19).
Por tipo de objeto, o tráfego das correspondências e de correio editorial diminuiu 6% e 4,9%, respetivamente, enquanto o tráfego de publicidade endereçada e de encomendas aumentou 15,5% e 7%, respetivamente.
No trimestre em análise, as correspondências representaram 73% do tráfego postal, enquanto o correio editorial e a publicidade endereçada representaram 7,3% e 6,8% respetivamente. O peso das encomendas no total do tráfego situou-se nos 12,9%, mais 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que no 3.º trimestre de 2021. Em termos de receitas, o peso relativo das encomendas foi de 42,6%, menos 0,4 p.p. do que no trimestre homólogo. O tráfego internacional de entrada aumentou 1,7% em relação ao trimestre homólogo.
Os serviços postais compreendidos no âmbito do serviço universal (SU) foram responsáveis por cerca de 80,3% do tráfego e 48,7% das receitas. O tráfego de SU desceu 5,5%, enquanto o seu peso no total do tráfego diminuiu 1,9 p.p. em comparação com o trimestre homólogo. As receitas do SU aumentaram 0,3% e o seu peso no total diminuiu 1,8 p.p.
As receitas geradas pelos prestadores legalmente habilitados para a prestação de serviços postais totalizaram cerca de 172,6 milhões de euros, mais 4,0% do que no 3.º trimestre de 2021. Este crescimento deveu-se, sobretudo, à evolução das receitas de correspondências e de encomendas, que aumentaram 4,6% e 3,1%, respetivamente. As receitas de correio editorial (+1,3%) e de publicidade endereçada (13,2%) também aumentaram.
A receita média por objeto aumentou 7,4% face ao trimestre homólogo, tal como vem acontecendo desde 2018. Neste trimestre o aumento ocorrido resultou do crescimento da receita unitária das correspondências (+11,2%), influenciado, entre outros fatores, pelos aumentos de preços promovidos pelos CTT em 7 de março de 2022.
Embora os efeitos da pandemia no tráfego postal ainda se tenham feito sentir no 3.º trimestre de 2022, com a eliminação gradual das restrições à circulação ao longo de 2021 o tráfego postal parece ter iniciado um processo de recuperação do choque provocado pela pandemia.
O grupo CTT dispunha de uma quota de cerca de 85,2% do tráfego postal, mais 0,7 p.p. do que no 3.º trimestre de 2021. Relativamente ao tráfego abrangido pelos limites do SU, o grupo CTT detinha uma quota de cerca de 90,4%, mais 1,5 p.p. do que no trimestre homólogo. Por outro lado, a quota de encomendas do grupo CTT atingiu 48% (-1,5 p.p. do que no trimestre homólogo).
No 3.º trimestre de 2022, contabilizaram-se cerca de 14,9 mil trabalhadores afetos à exploração dos serviços postais, menos 1,6% do que no mesmo período de 2021. A diminuição verificada deveu-se sobretudo à evolução do número de trabalhadores do grupo CTT (-3,0%). A proporção de trabalhadores do grupo CTT atingiu no final do período 72,1% do total (-1,1 p.p. do que no trimestre homólogo). Em sentido oposto, o número de trabalhadores dos prestadores alternativos aumentou 2,3%.
O número de pontos de acesso (+6,8%) aumentou, enquanto o número de centros de distribuição (-5,9%) diminuiu. O número de estações de correio dos CTT aumentou 0,2%, em relação ao trimestre homólogo, mantendo-se a tendência de crescimento que se iniciou em 2019, enquanto o número de postos de correio aumentou igualmente 0,2%.
Contabilizaram-se cerca de 14,9 mil trabalhadores afetos à exploração dos serviços postais no 3.º trimestre de 2022, menos 1,6% do que no mesmo período de 2021. A diminuição verificada deveu-se sobretudo à evolução do número de trabalhadores do grupo CTT (-3,0%). A proporção de trabalhadores do grupo CTT atingiu no final do período 72,1% do total (-1,1 p.p. do que no trimestre homólogo). Em sentido oposto, o número de trabalhadores dos prestadores alternativos aumentou 2,3%.
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