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Em novembro de 2022 os preços aumentaram 1,7% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, influenciado sobretudo pelo aumento de preços implementados pela MEO, NOS e Vodafone em abril de 2022. Apesar disso, esse aumento foi 8,2 pontos percentuais (p.p.) inferior ao verificado pelo IPC (9,9%).
Em relação ao mês passado os preços das telecomunicações diminuíram 0,5% devido sobretudo às promoções associadas à “Black Friday”.
A taxa de variação média dos preços das telecomunicações nos últimos doze meses foi de 1,9%, ou seja, 5,4 p.p. abaixo da registada pelo IPC (7,3%).
Por subgrupo, de acordo com o Eurostat, as taxas de variação média dos últimos doze meses foram de 3,9% e 0,2% nos serviços em pacote e nos serviços telefónicos móveis, respetivamente. No caso dos serviços em pacote, a taxa foi 2,8 p.p. superior à verificada em 2021.
Numa perspetiva de longo prazo e em termos acumulados, os preços das telecomunicações cresceram 10,9% desde o final de 2010 enquanto o IPC cresceu 23,4%. Entre 2015 e 2019, a variação acumulada dos preços das telecomunicações foi superior à variação acumulada do IPC devido aos “ajustamentos de preços” efetuados pelos principais operadores. Em 2019, a diminuição da divergência entre os dois índices deveu-se, sobretudo, à entrada em vigor do Regulamento (UE) 2018/1971 do Parlamento Europeu e do Conselho que impôs um preço máximo às chamadas e SMS internacionais intra-UE.
Caso não tivesse ocorrido a redução de preço das chamadas intra-UE, estima-se que os preços das telecomunicações teriam crescido 14,5% desde o final de 2010, encontrando-se, em termos acumulados 8,9 p.p. abaixo da variação do IPC neste período.
A partir do final de 2021, o IPC passou a crescer a um ritmo superior aos preços das telecomunicações.
Entre o final de 2009 e novembro de 2022, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 8,9%, enquanto na UE diminuíram 9,9%.
Uma análise comparativa mais fina, permite constatar que, entre o final de 2009 e novembro de 2022, os preços das telecomunicações diminuíram 21,7% na República Checa e 2,7% na Grécia, enquanto em Portugal e na Eslováquia aumentaram 8,9% e 12,6%, respetivamente.
Em termos homólogos, verificaram-se 24 serviços/ofertas com aumentos de preços e uma com diminuição, destacando-se:
As mensalidades mínimas são oferecidas pela NOWO em oito casos de um leque de 13 serviços/ofertas, enquanto a MEO e a Vodafone apresentaram as mensalidades mais baixas para quatro e dois tipos de serviço/ofertas, respetivamente.
Em relação ao mês homólogo do ano anterior, e por prestador, a MEO aumentou a mensalidade de sete serviços/ofertas e diminuiu a mensalidade de um serviço/oferta (oferta da primeira mensalidade da oferta Uzo). Por sua vez, a NOS aumentou a mensalidade mínima de cinco serviços/ofertas enquanto a NOWO aumentou a mensalidade mínima de oito serviços/ofertas em relação ao mês homólogo do ano anterior. A Vodafone aumentou a mensalidade mínima de quatro serviços/ofertas.
Saiba mais:
Evolução dos preços das telecomunicações - novembro de 2022