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No final do primeiro trimestre de 2023 (1T2023), a penetração do serviço móvel ascendeu a 180,8 acessos móveis por 100 habitantes. Caso se considerem apenas os acessos móveis com utilização efetiva (excluindo M2M), a taxa de penetração em Portugal seria de 129,2. Adicionalmente, caso se excluam também os acessos afetos exclusivamente a serviços de dados e acesso à Internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router), a penetração dos serviços móveis seria de 121,8 por 100 habitantes.
A penetração de acessos móveis comercializados em conjunto com serviços fixos (i.e. em pacotes convergentes) foi de 54,8 por 100 habitantes.
Número de utilizadores aumentou 2,4% nos últimos 12 meses
O número de acessos móveis habilitados a utilizar o serviço totalizou 18,8 milhões. Destes, 13,5 milhões (71,4% do total) foram efetivamente utilizados. Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router, o número de acessos móveis ascendeu a 12,7 milhões.
O número de assinantes que efetivamente utilizaram o serviço aumentou 311 mil (+2,4%), em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. A evolução verificada é explicada pela maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos (+8,1% nos últimos 12 meses), que representam 66,6% do total de acessos efetivamente utilizados. Os planos pré-pagos, que em 2021 tinham invertido a tendência de decréscimo que ocorria desde 2012, voltaram à tendência anterior, diminuindo pelo segundo trimestre consecutivo face ao homólogo (-7,4%).
Tráfego médio por acesso diminuiu 5,9%
O tráfego de voz móvel em minutos diminuiu 5,9% face ao primeiro trimestre de 2022 (1T2022). O número de minutos de conversação por acesso de voz móvel no 1T2023 foi, em média, de 221 por mês, o que representa aproximadamente 7,4 minutos por dia. Em comparação com o trimestre homólogo, o tráfego médio mensal diminuiu 19 minutos (-7,9%).
A duração média das chamadas foi de 3 minutos e 1 segundo por chamada, menos 13 segundos (-6,9%) que em igual período do ano anterior.
Penetração de BLM atingiu os 95,3 por 100 habitantes
O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 9,9 milhões, mais 7,5% que em igual período do ano anterior. Este valor corresponde a uma penetração de cerca de 95,3 por 100 habitantes (+6,7 p.p. do que no 1T2022).
Utilizadores de PC/tablet/pen/router aumentaram 17,3%
O incremento do número de utilizadores foi influenciado pelo fim das restrições associadas à pandemia da COVID-19 e resulta de aumentos, quer do número de utilizadores de Internet no telemóvel (+6,8%), quer dos utilizadores do serviço de acesso à Internet através de PC/tablet/pen/router (+17,3%). O crescimento destes últimos acessos encontra-se acima dos 10%, em termos homólogos, desde meados de 2021. Desde 2010, quando decorria o programa e-iniciativas, que não se registavam aumentos tão elevados. Este crescimento poderá estar associado ao Programa Escola Digital, lançado em setembro de 2020, e que inclui a distribuição aos alunos de hotspot de Internet e um cartão SIM para ligação à rede móvel.
Tráfego de Internet móvel aumentou 56,5% e tráfego médio mensal chegou aos 8,8 GB/mês
O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 56,5% face ao 1T2022. O crescimento verificado é explicado pelo aumento do número de utilizadores e, sobretudo, pelo aumento da intensidade de utilização do serviço.
O tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 45,3% face ao período homólogo. Cada utilizador de banda larga móvel consumiu, em média, 8,8 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 29,9 GB (+17,9%).
Acessos M2M aumentaram 9,7%
No final do 1T2023 contabilizaram-se cerca de 1,5 milhões de acessos móveis ativos afetos a Machine-to-Machine (M2M), um aumento de 9,7% em relação ao período homólogo. Estes acessos representavam 7,9% do total de acessos ativos.
Tráfego em roaming internacional registou aumentos significativos
O tráfego em roaming registou aumentos em todos os tipos de tráfego face a igual período do ano anterior, tal como já tinha acontecido no trimestre anterior. Em particular, o tráfego de Internet cresceu a taxas muito elevadas (+66,0% no caso do roaming in e +66,1% no caso do roaming out).
Acesso à Internet em roaming in foi duas vezes superior a roaming out
Neste trimestre, o grau de cobertura do tráfego em minutos de roaming in por roaming out foi de 85,5%. No caso do acesso à Internet, o tráfego em roaming in foi 2,3 vezes superior ao tráfego em roaming out.
Quotas dos operadores
A MEO foi o operador com a quota mais elevada dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (38,6%), seguida da NOS (29,3%), que ultrapassou neste trimestre a Vodafone (28,6%), tornando-se o segundo operador com a quota mais elevada. Seguem-se a NOWO e a Lycamobile, com quotas de 2,0% e 1,5%, respetivamente.
Face ao período homólogo, as quotas de acessos móveis da NOS, Lycamobile e da NOWO aumentaram em 1,6 p.p., 0,2 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente, tendo as quotas da MEO e da Vodafone diminuído 1,5 p.p. e 0,4 p.p., respetivamente.
O nível de concentração, medido pelo índice Herfindahl-Hirschman, manteve-se elevado, embora tenha continuado a tendência decrescente iniciada em 2014.
No caso das quotas de subscritores de acesso à Internet em banda móvel, a quota da MEO foi de 35,7%, seguindo-se a NOS com 32,7%, a Vodafone com 28,4%, a NOWO com 2,3% e a Lycamobile com 0,9%. Face ao trimestre homólogo, a quota da NOS aumentou 2,0 p.p., enquanto as quotas da MEO, da Vodafone e da Lycamobile diminuíram 1,0 p.p., 0,8 p.p. e 0,3 p.p., respetivamente. As quotas de subscritores da NOWO e da Onitelecom mantiveram-se inalteradas.
A NOS detém a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel (36,3%), seguida da Vodafone e da MEO (35,0% e 27,8%, respetivamente). Em comparação com o trimestre homólogo, a quota da NOS e da MEO diminuiram 3,5 p.p. e 1,2 p.p., respetivamente, enquanto a quota da Vodafone aumentou 4,7 p.p.
1,6 milhões de utilizadores de Internet móvel 5G
Na sequência do leilão 5G, a ANACOM emitiu no final de 2021 os títulos que consubstanciam os direitos de utilização de frequência (DUF) a seis operadores: Dense Air, Dixarobil (Digi Portugal), MEO, NOS, NOWO e Vodafone.
Após a atribuição dos títulos acima mencionados, os operadores anunciaram um conjunto de ofertas comerciais associadas ao 5G. Tipicamente, a opção 5G tem associada um preço adicional cinco euros/mês, exceto no caso das ofertas com plafonds de tráfego mais elevados, cujos utilizadores poderão aceder ao 5G sem pagamentos adicionais. No entanto, até 30 de setembro de 2023, os operadores permitiram o acesso gratuito ao 5G a todos os clientes.
De acordo com a informação disponível, estima-se que, no final do 1T2023, 12,1% dos utilizadores de serviços móveis e 16,3% dos utilizadores de Internet móvel utilizaram a rede móvel 5G. O número de utilizadores de Internet móvel através de 5G totalizou 1,6 milhões, resultando numa penetração de 15,6 por 100 habitantes.
Tráfego 5G representou 7,9% do total do tráfego de dados móveis
Estima-se que, no 1T2023, o tráfego cursado em redes 5G representou cerca de 7,9% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 4,4 GB mensais por utilizador de Internet móvel 5G.
Serviços móveis – 1.º trimestre de 2023
Consulte o relatório estatístico:
Serviços móveis – 1.º trimestre de 2023