DESTAQUES

O indicador global de literacia digital da Comissão Europeia (Digital Skills Indicator 2.0) relativo a 2023 classificou 29,9% da população portuguesa com 16 a 74 anos acima do nível básico, 26,0% com o nível básico, 27,1% abaixo do nível básico, 2,7% sem nível e, por fim, 14,2% não utilizava Internet.

Portugal ocupava o 12.º lugar no ranking da UE27 no que respeita à percentagem da população com literacia digital acima do nível básico (29,9% em Portugal e 27,3% na média da UE27).

A não utilização da Internet colocou Portugal na 4.ª posição do ranking da UE27

A percentagem da população que não utilizou Internet nos três meses anteriores à data de realização do inquérito tem vindo a diminuir (passou de 17,7% em 2021 para 14,2% em 2023) posicionando-se Portugal na 4.ª posição do ranking da UE27.

O principal motivo referido pelas famílias em Portugal para não terem acesso ao serviço de Internet nas suas casas relacionava-se com a literacia digital: «não sabe utilizar» (48,1%), seguindo-se razões económicas associadas ao custo elevado de acesso e do equipamento (15,5% e 8,4%, respetivamente).

Mais de 70% da população com competências acima do nível básico em “Comunicação e colaboração” e em “Literacia de dados e informação”

Nas diferentes áreas que avaliam as competências digitais da população residente em Portugal, destacam-se a “Comunicação e colaboração” e a “Literacia de dados e informação” com a maior percentagem de população acima do nível básico (80,7% e 72,4%, respetivamente), seguindo-se a “Segurança” (56,1%), a “Criação de conteúdos digitais” (45,8%) e a “Resolução de problemas” (43,7%).

Portugal encontrava-se acima da média da UE27 na percentagem da população com competências digitais acima do nível básico nas áreas “Segurança” (+11,0 p.p.) e “Literacia de dados e informação” (+3,8 p.p.) e abaixo da média na área “Resolução de problemas” (-12,8 p.p.).

Residentes em zonas urbanas, Lisboa e Algarve, mais jovens, com ensino superior e estudantes com maiores níveis de literacia digital

Nas zonas urbanas a literacia digital da população tende a ser superior face às zonas rurais. As regiões Área Metropolitana de Lisboa e do Algarve registaram a maior percentagem de população com literacia digital igual ou acima do nível básico (66,5% e 56,7%, respetivamente) e o Alentejo e a Região Autónoma dos Açores verificaram os níveis mais baixos (47,8% e 49,3%, respetivamente).

Os níveis de literacia digital foram superiores entre os mais jovens (até 34 anos), com maiores níveis de escolaridade e estudantes. Por contraste, os níveis de literacia foram inferiores entre a população com idades mais elevadas (65 ou mais anos), reformados e com menores níveis de escolaridade (até ao 3.º ciclo do ensino básico). A disparidade de literacia digital nos grupos sociodemográficos analisados foi superior em Portugal face à média da UE27.

38% das empresas com Índice de Intensidade Digital “alto” ou “muito alto”

Em 2024, nas empresas portuguesas com 10 ou mais pessoas ao serviço, 7,9% apresentaram um nível “muito alto” de intensidade digital, 30,2% um nível “alto”, 36,7% um nível “baixo” e 25,2% um nível “muito baixo”, segundo o Índice de Intensidade Digital das empresas de 2024, da Comissão Europeia (Digital Intensity Index v4).

Portugal ficou na 10.ª posição do ranking da UE27 na percentagem de empresas com um Índice de Intensidade Digital classificado como “muito alto” ou “alto” (38,1% em Portugal e 34,3% na média da UE27).

O Índice de Intensidade Digital é tanto mais elevado quanto maior a dimensão da empresa. O nível “muito alto” foi atingido por 40,5% das grandes empresas e por 5,5% das pequenas empresas.

Os sectores “Atividades de informação e comunicação” e “Eletricidade e Água” registaram um Índice de Intensidade Digital das empresas mais elevado, em oposição a sectores como “Construção”, “Alojamento e restauração” e “Indústrias transformadoras”.

Competências digitais da população e das empresas:

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Competências digitais da população e das empresas – 2024