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Serviço de voz móvel
No 1.º semestre de 2020 as medidas excecionais associadas à COVID-19 e em particular a declaração do estado de emergência e o consequente dever de confinamento, resultaram num crescimento significativo do consumo de minutos por dispositivo móvel (238 minutos por mês, mais 36 minutos do que em igual período de 2019) e num aumento da duração média das chamadas, que atingiu um máximo histórico (203 segundos por chamada, mais 41 segundo do que no 1.º semestre de 2019).
O consumo do serviço de voz móvel aumentou 17% face ao mesmo período do ano anterior, atingindo 16,7 mil milhões de minutos.
Por tipo de chamada, o elevado crescimento verificado no consumo de voz em minutos resultou do aumento da utilização de minutos para fora da rede (+24,9%) e para a mesma rede (+12,5%). Registaram-se igualmente aumentos significativos no tráfego móvel-fixo (+20%) e com destino a números curtos e não geográficos (+20,3%). As chamadas com destino a redes internacionais diminuíram 14,6%.
A MEO continua a ser o operador com a quota mais elevada (41%), seguindo-se a Vodafone (30,1%) e a NOS (26,2%).
Serviço de Internet móvel
O serviço de Internet em banda larga móvel aumentou 33,9% face ao mesmo período do ano anterior, sobretudo em resultado do impacto da COVID-19.
O consumo medio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 28,9% face ao 1º semestre de 2019. Cada utilizador consumiu em média 4,5 GB por mês. Recorde-se que os operadores de maior dimensão ofereceram aos seus clientes 10 GB de dados móveis no início do período em que vigorou o estado de emergência.
Por operador, a MEO detém 38,3% dos clientes do serviço de Internet móvel, seguida da VODAFONE com 29,9% e da NOS com 29,6%.
Roaming
No que respeita ao roaming internacional, houve um decréscimo em todos os tipos de consumo, destacando-se o consumo de Internet (-27,5% no caso do roaming in e -7,2% no caso do roaming out), uma diminuição que se registou pela primeira vez desde o início da recolha deste indicador (em 2010), face ao mesmo semestre do ano anterior.
A queda registada em todos os tipos de consumo de roaming resultou da quebra de viagens internacionais decorrentes da situação de pandemia.
Dispositivos e utilização dos serviços móveis
O número de dispositivos móveis habilitados a utilizar o serviço totalizou 16,9 milhões, dos quais 12 milhões (71,4% do total) foram efetivamente utilizados. Excluindo os PC/tablet/pen/router, existiam 11,5 milhões de dispositivos móveis.
No final do 1.º semestre de 2020, o número de utilizadores do serviço móvel ascendeu a 164 por 100 habitantes. Caso fossem apenas considerados os acessos móveis com utilização efetiva (excluindo ligações máquina a máquina), a taxa de utilização em Portugal seria de 117 por 100 habitantes. Por outro lado, se se excluíssem os acessos utilizados exclusivamente para serviços de dados e acesso à Internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router), a utilização dos serviços móveis seria de 112 por 100 habitantes.
No período considerado existiam cerca de 7,9 milhões de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet (+0,9%), o que corresponde a 76,4 utilizadores do serviço por cada 100 habitantes.
Resumo gráfico sobre os serviços móveis no 1.º semestre de 2020
Consulte em ANACOM.pt a versão integral do último relatório sobre “Serviços móveis”
Saiba mais:
Área de estatísticas do Portal do Consumidor - Indicadores de serviços de comunicações e serviços postais