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Em 2022 o número de assinantes aumentou 3,4%

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02.03.2023

O número de assinantes que efetivamente utilizaram o serviço móvel aumentou 446 mil (+3,4%), em comparação com 2021. A evolução verificada é explicada pela maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos, que representavam 65,2% do total de acessos efetivamente utilizados.

Penetração dos serviços móveis com utilização efetiva atingiu os 130,4 por 100 habitantes

No final de 2022, a penetração do serviço móvel ascendeu a 183,5 por 100 habitantes. Caso se considerem apenas os acessos móveis com utilização efetiva (excluindo as aplicações Machine-to-Machine), a taxa de penetração em Portugal seria de 130,4 por 100 habitantes. Adicionalmente, caso se excluam também os acessos afetos exclusivamente a serviços de dados e acesso à Internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router), a penetração dos serviços móveis seria de 123,6 por 100 habitantes.

A penetração de acessos móveis comercializados em conjunto com serviços prestados em local fixo (i.e. em pacotes convergentes) foi de 54,1 por 100 habitantes.

Número de utilizadores aumentou 3,4% nos últimos 12 meses

O número de acessos móveis habilitados a utilizar o serviço totalizou 19 milhões. Destes, 13,5 milhões (71,1% do total) foram efetivamente utilizados. Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router, o número de acessos móveis ascendeu a 12,8 milhões.

O número de assinantes que efetivamente utilizaram o serviço aumentou 446 mil (+3,4%), em comparação com o ano anterior. A evolução verificada é explicada pela maior adesão aos planos pós-pagos e híbridos (+8,5% nos últimos 12 meses), que representavam 65,2% do total de acessos efetivamente utilizados. Os planos pré-pagos, que em 2021 tinham invertido a tendência de decréscimo que ocorria desde 2012, voltaram à tendência anterior com uma diminuição anual de 5,0%, aproximando-se dos valores pré-pandemia.

A evolução ocorrida deverá estar associada ao Programa Escola Digital, refletindo ainda a retoma da atividade económica no pós-pandemia.

Tráfego médio por acesso diminuiu 5,7%

O tráfego de voz móvel em minutos diminuiu 2,1% face a 2021. O número de minutos de conversação por acesso de voz móvel em 2022 foi, em média, de 229 por mês, menos 14 minutos (-5,7%) que no ano anterior, em parte justificado pelo aumento do número de acessos.

Em 2022 não se registou um efeito significativo da pandemia COVID19 no tráfego de voz móvel por acesso. O valor registado foi inferior à tendência histórica e efeito sazonal estimados, considerando a tendência pré-COVID19.

A duração média das chamadas foi de 3 minutos e 1 segundo por chamada, menos 11 segundos (-5,9%) que no ano anterior.

Penetração de BLM atingiu os 95 por 100 habitantes

O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 9,8 milhões, mais 7,9% que no ano anterior. Este valor corresponde a uma penetração de cerca de 95,0 por 100 habitantes (+7,0 p.p. do que em 2021).

Utilizadores de PC/tablet/pen/router aumentaram 16,1%

O incremento do número de utilizadores de acesso móvel à Internet foi influenciado pelo fim das restrições associadas à pandemia da COVID-19 e resulta de aumentos, quer do número de utilizadores de Internet no telemóvel (+7,3%), quer dos utilizadores do serviço de acesso à Internet através de PC/tablet/pen/router (+16,1%). O crescimento destes últimos acessos encontra-se acima dos 10%, em termos homólogos, há seis trimestres consecutivos. Desde 2010, quando decorria o programa e-iniciativas, que não se registavam aumentos tão elevados. O crescimento que se tem vindo a registar desde o início de 2021 poderá estar associado ao gradual desconfinamento e ao Programa Escola Digital, lançado em setembro de 2020, e que inclui a distribuição aos alunos de hotspot de Internet e um cartão SIM para ligação à rede móvel.

Tráfego de Internet móvel aumentou 43,3% e tráfego médio mensal chegou aos 7,7 GB/mês

O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel aumentou 43,3% face a 2021. A evolução verificada é explicada pelo aumento do número de utilizadores e, sobretudo, pelo aumento da intensidade de utilização do serviço.

O tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 31,2% face ao ano anterior. Cada utilizador de banda larga móvel consumiu, em média, 7,7 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 30,3 GB (+7,6%), enquanto o tráfego médio de Internet no telemóvel cresceu 37,9%, para 5,6 GB.

Acessos M2M aumentaram 5,3%

No final de 2022 contabilizaram-se cerca de 1,4 milhões de acessos móveis ativos afetos a Machine-to-Machine (M2M), um aumento de 5,3% em relação ao período homólogo. Estes acessos representavam 7,4% do total de acessos ativos.

Tráfego em roaming internacional registou aumentos significativos

O tráfego em roaming registou aumentos em todos os tipos de tráfego face ao ano anterior. Em particular, o tráfego de Internet cresceu a taxas muito elevadas (+91,7% no caso do roaming in e +78,9% no caso do roaming out).

Acesso à Internet em roaming in foi 3,5 vezes superior a roaming out

Em 2022, o grau de cobertura do tráfego em minutos de roaming in por roaming out foi de 107,9%. Nos últimos anos, a balança de roaming (roaming in – roaming out) tinha sido superavitária apenas em 2017. No caso do acesso à Internet, o tráfego em roaming in foi 3,5 vezes superior ao tráfego em roaming out.

Quotas dos prestadores

A MEO foi o prestador com a quota mais elevada dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (39,0%), seguida da Vodafone (28,9%), da NOS (28,6%), da NOWO (2,0%) e da Lycamobile (1,4%). Face ao período homólogo, as quotas de acessos móveis da NOS e da NOWO aumentaram 1,5 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente, tendo as quotas da MEO, da Vodafone e da Lycamobile diminuído 1,2 p.p., 0,3 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente.

O nível de concentração, medido pelo índice Herfindahl-Hirschman, manteve-se elevado, embora tenha continuado a tendência decrescente iniciada em 2014.

No caso das quotas de utilizadores de Internet móvel, a quota da MEO foi de 35,9%, seguindo-se a NOS com 31,8%, a Vodafone com 28,9%, a NOWO com 2,3% e a Lycamobile com 1,0%. No final de 2022 as quotas da NOS e da NOWO aumentaram 1,5 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente. As quotas de utilizadores de Internet móvel da MEO e da Vodafone diminuíram 0,8 p.p. e 0,6 p.p., respetivamente.

A NOS detém a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel (36,4%), seguida da Vodafone (34,6%) e da MEO (28,2%). Face ao ano anterior, a quota da NOS diminuiu 5,9 p.p. enquanto as quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 4,8 p.p. e 0,9 p.p., respetivamente.

1,5 milhões de utilizadores de Internet móvel 5G

Na sequência do leilão 5G, a ANACOM emitiu no final de 2021 os títulos que consubstanciam os direitos de utilização de frequência (DUF) a seis operadores:  Dense Air, Dixarobil (Digi Portugal), MEO, NOS, NOWO e Vodafone.

Após a atribuição dos títulos acima mencionados, três dos seis prestadores anunciaram um conjunto de ofertas comerciais associadas ao 5G. Tipicamente, a opção 5G tem associada um preço adicional cinco euros/mês, exceto no caso das ofertas com plafonds de tráfego mais elevados, cujos utilizadores poderão aceder ao 5G sem pagamentos adicionais. No entanto, até 31 de março de 2023, os prestadores anunciaram permitir o acesso gratuito ao 5G a todos os clientes.

De acordo com a informação disponível, estima-se que, no final de 2022, 11,1% dos utilizadores de serviços móveis e 15,3% dos utilizadores de Internet móvel dispunham de equipamentos 5G e subscreviam uma oferta que permite o acesso a estes serviços. O número de utilizadores de Internet móvel através de 5G totalizou 1,5 milhões, resultando numa penetração de 14,5 por 100 habitantes.

Tráfego 5G representou 5,1% do total do tráfego de dados móveis

Por outro lado, estima-se que, em 2022, o tráfego cursado em redes 5G representava cerca de 5,1% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 3,5 GB mensais por utilizador.

Serviços móveis em 2022

Consulte o relatório estatístico:
Serviços móveis - 2022