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ANACOM apresenta estudo de qualidade das redes móveis em Vila Nova de Poiares e Góis

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13.01.2023

A ANACOM esteve em Vila Nova de Poiares, no dia 12 de janeiro de 2023, a apresentar as conclusões de um estudo de qualidade das redes móveis, na perspetiva do utilizador que a ANACOM realizou no concelho. Na sessão estiveram presentes, além de João Miguel Henriques, Presidente da edilidade, vereadores, presidentes de junta de freguesia e representantes da Assembleia Municipal. Apesar de terem sido constatadas algumas dificuldades, a situação existente neste concelho é bastante mais favorável do que aquela que as equipas da ANACOM encontraram em Góis.

Em Góis, a apresentação dos resultados do estudo aos autarcas foi feita no dia 13 de janeiro, tendo estado presente o Presidente da Câmara de Góis, António Sampaio, o Vice-Presidente e vereadores, bem como a Presidente da Assembleia Municipal, e as quatro freguesias do concelho.

Nas sessões, além dos resultados dos estudos, foi ainda feito um ponto de situação sobre a fibra ótica no concelho e as perspetivas de melhoria que se espera que aconteçam no futuro próximo, quer ao nível das redes móveis, como fixas, em consequência das obrigações de cobertura decorrentes do Leilão do 5G e do concurso que o Governo pretende lançar para levar a fibra ótica a todos os alojamentos.

Foram ainda apresentadas algumas soluções que permitem ultrapassar a falta de cobertura de banda larga móvel, designadamente o satélite.

A ANACOM esteve representada pelo Presidente, João Cadete de Matos, pela Administradora Patrícia Silva Gonçalves, pelos Diretores Luis Roque Pedro e Ilda Matos, e pelo Coordenador da Supervisão do Espectro, Fábio Silva.


Momento da sessão de apresentação no munícipio de Vila Nova de Poiares


Momento da sessão de apresentação no município de Góis

Apresentação do estudo de qualidade de serviço de Góis

O trabalho de campo decorreu a 21 de novembro de 2022. No total foram percorridos cerca de 140 quilómetros e realizadas 402 chamadas de voz, 213 testes de velocidade de ligação à Internet e 32 362 registos de sinal rádio.

Neste estudo foram analisados os principais indicadores de qualidade, tendo em conta a perspetiva do utilizador e os serviços objeto de estudo:

  • cobertura das redes – disponibilidade das redes radioelétricas nas tecnologias 2G, 3G e 4G e 5G (sinal de rede);
  • serviço de voz – acessibilidade do serviço telefónico móvel;
  • serviços de dados – acesso ao serviço de banda larga móvel.

Principais resultados dos testes realizados

Os resultados mostram que:

  • Do total de medidas efetuadas por cada operador, registou-se a indicação de rede existente em 99,4% na MEO, 99,1% de medidas na NOS e 99,8% na Vodafone.
  • A qualidade da cobertura radioelétrica dos sistemas de comunicações móveis foi classificada em 6 níveis: “Inexistente”, "Muito Má”, “Má”, “Aceitável”, Boa” e “Muito Boa”, em função do nível de sinal recebido no dispositivo móvel. Agregando os registos de qualidade “Inexistente”, "Muito Má” e “Má”; estes perfazem um total de 5,7% na MEO, 13,6% na NOS, e 23,7% na Vodafone.
  • No serviço de voz, os resultados apurados relativamente à acessibilidade (estabelecimento de chamada com sucesso) foram de 97,8% para a MEO, 99,3% para a NOS e 99,3% para a Vodafone.
  • O rácio de terminação bem-sucedida de chamadas (as que se concretizaram e se concluíram com sucesso) foi de 97,1% para a MEO, 98,6% para a NOS e 98,6% para a Vodafone.
  • As taxas de sucesso de testes NET.mede (testes iniciados e concluídos) foram de 81,7%, 91,5% e 87,4% respetivamente, para a MEO, NOS e Vodafone. Identificaram-se falhas em zonas de pior nível de sinal, promovendo baixas velocidades de transferência de dados.
  • As velocidades médias de transferência de dados em Download e Upload foram, respetivamente, 42 e 11Mbps na MEO, 18 e 7Mbps na NOS e 25 e 6 Mbps na Vodafone, sendo de destacar a existência de grande variação dos valores observados, fortemente dependente dos locais onde foram realizados os testes. Quanto à latência verificaram-se valores inferiores a 60 ms, em 94,3% dos testes na MEO, em 98,5% dos testes da NOS, e em 100% na Vodafone.

A figura seguinte apresenta a classificação do desempenho dos operadores para cada serviço:


 
Caso existissem acordos de roaming nacional em Portugal (funcionalidade que permite aos equipamentos dos utilizadores de qualquer um dos operadores se poder conectar à estação base de outro operador quando a qualidade de sinal de rede do seu operador não for aceitável) teríamos uma cobertura agregada de maior qualidade em Vila Nova de Poiares.


Legenda: – Cobertura com o melhor sinal de todas as redes móveis agregadas para cada ponto geográfico. Caso estivesse disponível o roaming nacional, teríamos uma cobertura agregada de maior qualidade ascendendo aos 97,4% (níveis de qualidade “Muito Boa”, “Boa” e “Aceitável”).

Apresentação do estudo de qualidade de serviço de Góis

O trabalho de campo decorreu de 14 a 18 de novembro de 2022. No total foram percorridos cerca de 750 quilómetros, tendo sido realizadas 2196 chamadas de voz, 2143 testes de velocidade da ligação à Internet e 177 326 registos de sinal rádio.

Neste estudo foram analisados os principais indicadores de qualidade, tendo em conta a perspetiva do utilizador e os serviços objeto de estudo:

  • cobertura das redes – disponibilidade das redes radioelétricas nas tecnologias 2G, 3G e 4G e 5G (sinal de rede);
  • serviço de voz – acessibilidade do serviço telefónico móvel;
  • serviços de dados – acesso ao serviço de banda larga móvel.

Principais resultados dos testes realizados

Os resultados mostram que:

  • Do total de medidas efetuadas por cada operador, registou-se a indicação de rede existente em 95,8% medições da MEO, 89,8% da NOS e 94,0% da Vodafone.
  • A qualidade da cobertura radioelétrica dos sistemas de comunicações móveis foi classificada em 6 níveis: “Inexistente”, "Muito Má”, “Má”, “Aceitável”, Boa” e “Muito Boa”, em função do nível de sinal recebido no dispositivo móvel. Agregando os registos de qualidade “Inexistente”, "Muito Má” e “Má”; estes perfazem um total de 50,9% na MEO, 56,9% na NOS, e de 47,8% na Vodafone.
  • No serviço de voz, os resultados apurados relativamente à acessibilidade (estabelecimento de chamada com sucesso) foram de 92,5% para a MEO, 84,8% para a NOS e 88,3% para a Vodafone.
  • O rácio de terminação bem-sucedida de chamadas (as que se concretizaram e se concluíram com sucesso) foi de 87,3% para a MEO, 77,9% para a NOS e de 80,3% para a Vodafone. Em termos globais, do total de tentativas de chamada de voz resultaram em 11,5% de chamadas falhadas no seu estabelecimento e 6,7% de chamadas com quebra durante a conversação.
  • No serviço de dados (banda larga móvel), na globalidade, os resultados revelaram que 56,3% dos testes foram concluídos com sucesso. Identificaram-se falhas em zonas de pior nível de sinal, promovendo baixas velocidades de transferência de dados. As taxas de sucesso de testes NET.mede (testes iniciados e concluídos) foram de 57,3%, 46,0% e 65,8% respetivamente, para MEO, NOS e Vodafone.
  • As velocidades médias de transferência de dados em download e upload foram, respetivamente, de 21 e 7 Mbps na MEO, 13 e 3 Mbps na NOS e 9 e 5 Mbps na Vodafone, sendo de destacar a existência de grande variação dos valores observados, fortemente dependente dos locais onde foram realizados os testes. Quanto à latência verificaram-se valores entre os 60;30 ms em 52% dos testes da MEO, de 80,5% para a NOS, e em 82,9% dos testes da Vodafone.

A figura seguinte apresenta a classificação do desempenho dos operadores para cada serviço:


 
Caso existissem acordos de roaming nacional em Portugal (funcionalidade que permite aos equipamentos dos utilizadores de qualquer um dos operadores se poder conectar à estação base de outro operador quando a qualidade de sinal de rede do seu operador não for aceitável) teríamos uma cobertura agregada de maior qualidade no concelho de Góis.


Legenda: – Cobertura com o melhor sinal de todas as redes móveis agregadas para cada ponto geográfico. Caso estivesse disponível o roaming nacional, teríamos uma cobertura agregada de maior qualidade ascendendo aos 74,3% (níveis de qualidade “Muito Boa”, “Boa” e “Aceitável”).